domingo, 22 de agosto de 2010

Que vazio é esse?


E de repente, o céu escureceu, o sol se apagou. Procurei em minhas memórias os momentos tristes, as últimas desavenças que tive, vasculhei em busca dos sofrimentos, mas nada encontrei. E ainda assim, hoje acordei com uma imensa vontade de chorar... Pode parecer estranho, ou talvez a maldita TPM, nem eu sei como explicar, me sinto tão só, apesar de viver rodeada de pessoas queridas. Me sinto incapaz, apesar de saber das minhas qualidades. Me sinto só! É estranho como não sei dizer ao certo o motivo de todo esse vazio, eu tento esconder, me escondo pra não chorar, mas não consigo. Sou estranha mesmo, eu sei. Quem quiser que tente me entender.
Mas é assim que hoje eu me sinto.


Tainã Oliveira.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mudanças são inevitáveis consequências.


Existe um fluxo invisível que não nos permite seguir sempre o mesmo caminho. Nada permanece intacto. Nem as nossas convicções, as nossas idéias, por mais que queiramos que permaneçam. Por mais que o passado pareça reconfortar, a vida não se resume somente a isso. É por isso que existe o Sol. Você acordará de manhã, e ele estará lá, pra te lembrar de que não há nada insuperável. Os dias prosseguem. E como já dizia Nietzsche, aquilo que não me destrói, fortalece-me. Tudo é aprendizado, basta você querer enxergar isso.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Infância.


Quem nunca se machucou brincando de pega-pega ou de esconde-esconde, se melou na lama, tomou banho de chuva, subiu na árvore pra “roubar” manga verde no quintal do vizinho, foi 'escarrerado' por algum cachorro? Quem não se lembra de como era divertido e gostoso reunir os amigos na rua pra brincar? Ah! Que saudade. Digo eu, que quem nunca fez nenhuma dessas coisas, com certeza também não soube o que era ser criança. Ainda me lembro como se fosse hoje o meu tempo de infância, onde minha inocência reinava, onde as minhas vontades eram realizadas facilmente, onde tudo eu tinha, sem medir esforço algum. De como eu fazia questão de ser sempre o centro das atenções em casa, de como eu queria o carinho da família toda só pra mim... Como o tempo passou rápido, né?! Hoje é tudo tão diferente, as crianças não têm mais a mesma inocência e pureza que existia há uns dez anos atrás. Vejo meninas de dez e onze anos se comportando como adultas, preocupadas com a maquiagem, vestidas com roupas da moda, expondo o corpo e chamando cada vez mais a atenção, com celulares, MSN, e Orkut, algumas até com a enorme responsabilidade de carregar uma criança em seu ventre, ao invés de serem ELAS as crianças. Já os meninos cada vez mais obcecados em sair à noite pra ver quem “pega” mais, em sexo, bebidas, festas... E infelizmente, é cada vez mais comum ver isso hoje em dia, os pais já não têm mais um auto controle sobre eles, não se dão ao trabalho de cuidar da formação do caráter de seus filhos - seja porque estão sempre ocupados atrás do sustento da casa (o que é algo muito comum nos dias atuais) ou por puro desleixo mesmo, as crianças fazem o que querem, na hora que querem e pronto. É claro que aqui faço uma generalização, nem todos os pais são assim, mas de fato, a maioria das crianças não recebem uma educação adequada.
Lembro que no meu tempo de criança, felicidade mesmo era você ganhar uma boneca nova - não ir pra shoppings como hoje em dia -, era poder brincar de casinha com as amigas, fazer comidinha, sair de casa escondida, descer as escadas correndo só pra brincar com os amigos... Coisas simples, e que hoje fazem tanta falta, bons tempos aqueles onde eu não tinha responsabilidades, preocupações... Eu era feliz e sabia sim! Momentos inesquecíveis que ficarão marcados eternamente na alma e na minha mente. Minha infância foi sim um doce momento de felicidade que eu vou lembrar sempre com muita saudade...

Tainã Oliveira.